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Nome: Sinhá Menina
Idade: ainda um coyote
Nasc.: era das Heras
Signo: leão
E-mail: A_Sinhazinha
@hotmail.com

Messenger: o mesmo

Sugiro:
Comprar urgentemente o novo álbum de Bethânia,«Que Falta Que Você Me Faz», porque lá dentro tem esta pérola perfeita:

Podem me chamar
E me pedir e me rogar
E podem mesmo falar mal
Ficar de mal que não faz mal
Podem preparar
Milhões de festas ao luar
Que eu não vou ir
Melhor nem pedir
Eu não vou ir, não quero ir
E também podem me obrigar
Até sorrir, até chorar
e podem mesmo imaginar
O que melhor lhes parecer
Podem espalhar
Que eu estou cansado de viver
E que é uma pena
Para quem me conheceu
Eu sou mais você
E ... eu


[Vinícius de Moraes]


Não Recomendo:
O consumo de produtos transgénicos

Coisas da Terra:




moon phases
 


Mural da Amazona:













Site Meter

 
   terça-feira, agosto 31, 2004  

VERDE CÂNTICO


Devia ter-te perguntado o nome daquele pássaro. Devia ter anotado tudo no caderninho preto onde escrevo a espaços, na desordem dos ímpetos, dos temperamentos e das vontades incertas. Devia ter rabiscado à pressa o som da tua resposta, mesmo sem ter certeza de a escrever correctamente... a palavra tal e qual como me aparecesse ao ouvido... como quase todas as que me ensinas ainda e eu continuo a escutar na ignorância extasiada de quem ouve pela primeira vez... Devia ter-te perguntado, sim!... De outra forma, como posso agora contar-te que me cantou à pele da manhã, entre o vago torpor dormente do acordar... como se tivesse tresmalhado o vôo e amanhecido num jardim de Lisboa, mesmo à beira da minha janela escancarada, tão longe e ainda assim tão perto da Floresta da minha saudade.

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Sinhá Menina|7:43 da tarde|0 Enviar um comentário



 

PERFEIÇÃO




Hoje queria um sono assim. Talvez mais loiro, mas exactamente assim. Feito de uma densa suspensão em tons pastel. Velada. Estendida. Coberta em descobertos. Feita de um escuro morno. Macilenta e mansa. Assim! Sem tirar nem pôr: um sono exactamente assim. Porque hoje tu não estás e a noite parece subitamente mais estreita.

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Sinhá Menina|4:24 da manhã|0 Enviar um comentário




   sábado, agosto 28, 2004  

COLO



Bom (muito bom!) ficar só assim: empoleirada no parapeito da madrugada a olhar pipas de papel que vão da minha varanda à sua janela! Bom (muito bom!) rir ao vento enquanto o mundo dorme... E então confesso-lhe a minha língua inventada sem destino e faço-lhe desenhos a tinta da china, para que saiba de mim... para que saiba que a vida me fez crescer unhas de muitas cores, penas de arara vermelha entre os cabelos, quatro asas de morcego e uma mão cheia de bichos de seda na ponta das orelhas. Bom (muito bom!) saber que não se assusta e mesmo depois de lhe contar baixinho que há uma cauda de touro branco a espreitar sob o meu vestido, abre uma mão mais forte e vem prender a minha. Bom (muito bom!) ter o seu colo a devolver-me à cama e um lençol branco a adormecer-me ao seu alcance. Bom (muito bom!) saber que me apaga a luz mas não se vai embora enquanto me vê dormir.

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Sinhá Menina|11:02 da tarde|0 Enviar um comentário



 

MERGULHO

Cresceste comigo debaixo das águas. Tinhamos jurado ir juntos até ao fim do mar, mas parámos antes de roçar o fundo. Porque nascemos para nadar, tu e eu, e qualquer naufrágio nos seria imperdoável. Ainda te vejo daqui, ser anfíbio, predador das correntes e dos doces perigos. E vês-me tu também ainda, eu sei. A cada vez que espero uma lua escura para subir ao espelho do oceâno , sem grande pudor de ser reconhecida.

Your cruel device
your blood like ice
one look could kill
my pain, your thrill
I wanna love you, but I better not touch (don't touch)
I wanna hold you, but my senses tell me to stop
I wanna kiss you, but I want it too much
I wanna taste you but your lips are venomous poison.
You're poison running through my veins,
I don't wanna break these chains.

Your mouth so hot
your web, I'm caught
your skin, so wet
black lace, on sweat

I hear you calling and it's needles and pins (and pins)
I wanna hurt you just to hear you screaming my name
Don't wanna touch you, but you're under my skin (deep in)
I wanna taste you but your lips are venomous poison.
You're poison running through my veins,
I don't wanna break these chains.Poison....Poison ......

One look could kill
my pain, your thrill

I wanna love you, but I better not touch (don't touch)
I wanna hold you, but my senses tell me to stop
I wanna kiss you, but I want it too much
I wanna taste you but your lips are venomous poison.
You're poison running through my veins,
I don't wanna break these chains.



«Poison» de Alice Cooper

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Sinhá Menina|10:57 da tarde|0 Enviar um comentário



 

DEIXA QUE DURMA


Perguntam-me o que é feito do leão. Psiuuuu!... O leão dorme. Melhor deixá-lo assim: adormecido e quieto, pousado ao de leve sobre o meu ombro, tamanho foi o custo em o amansar!!... Trabalho de uma vida, eu diria. Por isso deixem que fique assim onde se aninhou, garras recolhidas, esquecidas da força que também é sua. Perguntam-me pela raça, querem saber porque não reage, porque não se inquieta, querem saber se despreza a dúvida ou se tem apenas a arrogância de quem teima em não se defender. É que o leãozinho dorme, eu já falei, ora!!... Dorme de um sono macio. Deitou numa cama sem rugas nem aspreza e nada lhe perturba a tranquilidade. Nenhuma ervilha ficou esquecida sob o colchão. Psiuuuuu!!... Maldade vir bolir com tamanha quietude!... Ademais, se algum dia ele soube como se faz pra ferir, esqueceu sonhando. Sim, estou ouvindo! Estou escutando, sim. Sempre a Menina atende ao chamado. Sempre eu oiço, sim. Mas é que é diferente essa voz!... Não é a voz que me fala, não parece ter o timbre da casa. É estranha!... Mas estou ouvindo, sim. Só não fala muito algo, por favor!... Deixa meu leão dormindo. Ele me confessou que não tenciona acordar nunca mais. Lhe basta o pouso no meu ombro e a mim me basta sabê-lo sonhando do meu lado.

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Sinhá Menina|10:40 da tarde|0 Enviar um comentário



 

HERÓIS

Sim, virei sempre sentar-me na mesma duna batida pelo sueste para te velar as ousadias golpeadas às ondas bravias.



E sim, continuo a achar que tens cabelos de vento nórdico e a esperar que prendas um talismã em forma de esquinada quilha à volta do meu pescoço.



Mesmo que o nosso reino se tenha selado lá atrás e nenhum de nós o queira acordar nunca mais.

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Sinhá Menina|7:59 da tarde|0 Enviar um comentário



 

FOME SÚBITA


Volta a pôr a mão na tranca do frizer barrigudo. E senta-me na mesa da cozinha. E chega-me à boca três tiras finas arrancadas ao tucumã na ponta da navalha afiada. Volta a matar-me a fome da madrugada nas gotas do açaí. Volta a lamber-me os cantos da boca e a dizer que vais cuidar-me sempre... a dizer-me nesse dizer sem palavras. Volta a perguntar-me com os olhos, no regresso ao quarto, se quero deitar-me sobre ti na cama ou se continuo a preferir que seja na rede. Volta.

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Sinhá Menina|7:39 da manhã|0 Enviar um comentário




   sexta-feira, agosto 27, 2004  

MANCHA LOIRA

Torces sobre mim o apelo das terras ao fundo. Agonias-me a cidade mais do que ela me azeda já. Sopras-me as beiras de cais onde sou feliz e o salobro lodo dos caixotes amontoados no porto, onde outras histórias me dão colos lavados de beijos. Vens e retomas-me viagens interrompidas pelo lado salgado do mundo que eu amo porque me lambe mais rente à alma, e onde eu chego para já não ser princesa de nada nem de coisa nenhuma. Só uma mancha mais loira embebida na mesma cashemira, ornada das mesmas contas, conchas e sedas, descalça aos mesmos guizos, pequena diante das mesmas famintas fomes.

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Sinhá Menina|9:28 da tarde|0 Enviar um comentário



 

«Lonely Can Be Sweet»



Please come sit down
I need to set you straight
Before we go any further
I've learned from loneliness
That lonely can be bitter and lonely can be sweet
Sure, I don't need a man to be complete
And I also know that what I want and what I need don't always meet
But being alone ain't all that bad
'Cause see I've been there and I've done that
I'm in the midst of an evolution to myself
I was tired of the search
So I had to sit it on the shelf
Lonely can be sweet
My soul's music
My life beat
Lonely can be sweet
I had been looking for my cowboy
Like that girl says in that song
"Where have all the cowboys gone?"
In my former life
My once cowboys have gone hoochie hopping and car shopping
Riding their egos like wild horses
On colllision courses with their machismo
While I slow slaughtered
As their valor and virtue drowned in deep water (deep water)
So, I decided to chill with me for the moment
And play my own violins
Strike my own candlelights
So every night is my night
Are you listening?
I need to be completely sure that you are listening
I used to think that the moon's name might as well have been lonely
Now I sip my night full
Like it were blackberry marsala
Then lick the excess off my lips
So as not to waste one drop of it sweetness
I satisfy my wanderlust with the wildness of the night
And the comfort of myself
I've taken up hedonism as a hobby
And made it harder for the next man
To step into my life without a plan
For how to please me better than I please myself
So if you've come without a plan
Then make a swift retreat 'cause
Lonely can be sweet."

Ursula Rucker, escritora de canções, em "Silver or Lead"



Sigo, sim. Sigo os rastos que deixa. Mesmo não estando certa se serão exactamente pistas que espera eu entenda e siga. Mesmo não querendo tão pouco saber se existe porquê e que porquê será. Prefiro assim... Mas, sim: sigo os seus trilhos súbtis, cuidadosos... De alguma forma sempre foi assim: eu a reverenciar-lhe o evitamento inteligente com que contorna o óbvio na exposição exacta das realidades cruas e frontais. E, então, encontramo-nos lá! Na madrugada. Nesse ponto certeiro que delineou para a encruzilhada e onde me surpreende pela facilidade com que percebe e articula correctissimamente tudo aquilo que lhe vou narrando aqui e acolá. É exactamente assim, sim: tal e qual como me aponta no canto da madrugada que me deixou hábil e inteligentemente sinalizado. Bem vê, eu fui até lá: não resisti à curiosidade e segui-lhe o trilho. Bravo!!...

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Sinhá Menina|4:08 da manhã|0 Enviar um comentário




   quinta-feira, agosto 26, 2004  

«STOPPING THE FALL»




Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
Nem que seja só pra te levar pra casa
Depois de um dia normal
Olhar teus olhos de promessas fáceis
Te beijar a boca de um jeito que te faça rir
Hoje eu preciso te abraçar
Sentir teu cheiro de roupa limpa
Pra esquecer os meus anseios e dormir em paz
Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria
Em estar vivo
Hoje eu preciso tomar um café, ouvindo você suspirar
Me dizendo que eu sou causador da tua insônia
Que eu faço tudo errado sempre
Hoje preciso de você
Com qualquer humor, com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje


"Só Hoje"... e é uma canção dos Jota Quest

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Sinhá Menina|10:28 da manhã|0 Enviar um comentário




   quarta-feira, agosto 25, 2004  

PRINCESA DO INSTANTE


"Vitória Régia"!!!.... Assim se chama o cálice gigante que se abre sobre as correntezas do Grande Rio Alado... Uma folha larga a cobrir as superfícies mais tranquilas do caudal... Deitaste-me na rede, sobre o baloiço nocturno dos banzeiros e cavalgaste-me devagarinho a história ao ouvido. Contaste-me dos espinhos duros que lhe crescem no avesso, apontando o pico às profundezas. E falaste-me da flor que nasce para viver por 24 horas apenas, como quem me convence aos encantos fugazes dos instantes breves. Disseste que 24 horas chegavam para o espectro mais quente das cores passar inteiro pela pressa das pétalas. E enquanto me navegavas na deriva da rede, o branco amarelou-se, foi do rosa ao rubro do vermelho, e morreu ao mesmo tempo que a alvorada me fez tombar dentro do anel das tuas pernas.

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Sinhá Menina|6:46 da tarde|0 Enviar um comentário



 

ZUMBIDOS

... E então o sono fez-se mais leve e a noite mais mansa do que no estibordo do mundo. Só o sopro denso do País Perdido no rebordo da rede e um cheiro de rio corrente vindo da margem. Por isso deixa-me em noite branda até que os primeiros barulhos do mundo despertem!... Psiuuu! Põe a voz mais a baixo dos rumores da mata verde e não queiras gritar-me mais forte que o borbotar da terra!... Não precisas de vir deitar-te comigo, nem de dormir no mesmo sono que eu. Mas não perturbes a sombra da balsa em que me embalo... devagar...devagar... Acabo de nascer pela boca do mar. Saí numa golfada de água doce por sobre o aluvião da praia alagada. Um boto rosado tapou-me com a folha larga da bananeira e no meu sono verde não cabe nenhum zumbido teu. Fica quieta!... ou então leva o carro preto para mais longe de mim. Longe!... para não incomodares o que já não sabes perturbar sem os estampidos metálicos dos teus ruídos sem música.

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Sinhá Menina|7:12 da manhã|0 Enviar um comentário




   segunda-feira, agosto 23, 2004  

PESADELO

Leva-me de volta ao porto manso onde as barcas seguem sem calendário sobre a correnteza do rio traiçoeiro. Devolve-me ao lugar onde a floresta me engole os passos e me confunde a alma com a natureza do gentio. Lá, onde a noite vem com a lua branca e os uivos dos bichos para se misturar aos gemidos dos homens quando amam. Dizes que me ergueste castelos de vidro do outro lado da janela, mas eu olho e sangro na saudade do tronco ancestral porque é o verde da folhagem que vejo a arranhanhar os calcanhares do céu. Apontas-me o palco mas eu quero o terreiro. Estendes-me o dossel e eu deito-me na rede. Piso o teu chão com guizos nos tornozelos e pés descalços, faço fogueiras no teu jardim, rufo tambores sobre o tampo da tua mesa e atiço onças na tua cama... até te enfernizar os limites e tu rezares para que volte depressa para o lugar de onde me arrancaste... até tu pedires a todos os teus deuses que me façam regressar depressa à selva onde ficou a minha tribo.

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Sinhá Menina|6:22 da tarde|0 Enviar um comentário



 

TOCA NA RÁDIO...



She
May be the face I can't forget.
A trace of pleasure or regret
May be my treasure or the price I have to pay.
She may be the song that summer sings.
May be the chill that autumn brings.
May be a hundred different things
Within the measure of a day.


She
May be the beauty or the beast.
May be the famine or the feast.
May turn each day into a heaven or a hell.
She may be the mirror of my dreams.
A smile reflected in a stream
She may not be what she may seem
Inside her shell

She who always seems so happy in a crowd.
Whose eyes can be so private and so proud
No one's allowed to see them when they cry.
She may be the love that cannot hope to last
May come to me from shadows of the past.
That I'll remember till the day I die


She
May be the reason I survive
The why and wherefore I'm alive
The one I'll care for through the rough and ready years
Me I'll take her laughter and her tears
And make them all my souvenirs
For where she goes I've got to be
The meaning of my life is
She, she, she

«She» de Elvis Costello



Invadem-me os inusitados acordes da canção, num rompante que hoje me calha longe da agrura que já houve. Já não mordo. Já não lhe lanço nem iras, nem fúrias. Há hoje um conforto grato na canção que afinal me deixou. A rádio tem destas coisas!... Revisita memórias e equilibra-nos o arrumo dos pedaços deixados em desalinho. Acendo um cigarro. Perdoa-me?... O amor a uns torna-nos quase sempre inabalavel e friamente cruéis com o amor dos outros. Lamento!... Lamento, de verdade. Você sabe que seria de um gelo igual. Talvez só não saiba que desta vez teria pudor em fazer-lhe um mal pior do que o acidente de me amar já lhe tinha feito.

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Sinhá Menina|10:45 da manhã|0 Enviar um comentário




   domingo, agosto 22, 2004  

«ALEGRE MENINA»


A viragem da noite apanha-me a galgar quilómetros de estrada. Venho eu a pensar que preciso de menos que uma madrugada para descer das cavalitas da Galiza e me debruçar na varanda do promontório onde Sagres se lança sobre os costados de África. Venho eu a admirar o breu no correr do asfalto e a pensar em como é diferente a proporção deste Portugal onde se vai de Norte ao Sul em escassas horas... Venho eu a evocar as distâncias que se extendem entre as regiões do teu país, quando a tua voz me chega... inesperada... inaudita... mágica. E de repente percebo que é ainda mais funda a saudade que trago comigo de ouvir o meu nome na tua boca... de escutar esse chamado só teu que atendo e reconheço debaixo de água ou no fim do mundo... E tu ris e repetes uma e outra e mais outra vez ainda. Dizes que só por ser tão loira não sou essa "Alegre Menina" que Djavan cantava pelas ruas de Ilhéus... Penso para comigo que nunca a "Tua Menina"poderá ser "alegre" neste país onde nasceu por engano e só se mantém por acidente... Penso mas não digo nada. Penso mas esqueço-me. O teu chamado canta-me pelo nome e roça-me noutra deriva à tona da fala.


«Porque fizeste sultão de mim, alegre menina
Palácio real lhe dei, um trono de pedraria
Sapato bordado a ouro, esmeraldas e rubis
Ametista para os dedos, vestidos de diamantes
Escravas para servi-la, um lugar no meu dossel
E a chamei de rainha, e a chamei de rainha
Porque fizeste sultão de mim, alegre menina

Só desejava campina, colheras flores do mato
Só desejava um espelho de vidro para se mirar
Só desejava do sol para bem viver
Só desejava o luar de prata para repousar
Só desejava o amor dos homens para bem amar
Só desejava o amor dos homens para bem amar

No baile real levei-a, tua alegre menina
Vestida de realeza, com princesas conversou
Com doutores praticou, dançou a dança faceira
Bebeu o vinho mais caro, mordeu fruta estrangeira
Entrou nos braços do rei, rainha mas verdadeira
Entrou nos braços do rei, rainha mas verdadeira»


Cobres-me os ombros nús à friagem da noite com um xaile entretecido a fios de Amado e Caymmi e eu mordo esta falta de tudo o que ficou guardado nas terras do teu país, dissolvo a lágrima da ausência nos acordes da tua voz e sorvo o retempero das forças para suportar a espera, enquanto me corres na campina e me vês colher flores do mato, algures rente ao quilómetro 215 da Auto-estrada do Norte.

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Sinhá Menina|1:46 da manhã|0 Enviar um comentário




   sábado, agosto 21, 2004  

RAINHA DAS FEIRAS,
"sei que tens passado à minha porta"!...

Há lembranças óbvias, inevitáveis. É o caso, agora.
Bem vês, espaçaste-te na minha vida muito mais do que alguma vez tive a pretensão de arriscar que haverias de espaçar-te, mas não me acontece nenhuma necessidade gritante de dissimular uma ou outra ocorrência tua a atravessar-me os dias. É o caso, agora: raspas-te ombro a ombro comigo à passagem pela cidade em festa, roças-me numa tangente à beira da distracção do encontrão,entre a feira e a multidão que ela atrai.
O turbilhão das luzes, as vozes roufenhas que saem dos altifalantes, os pregões gritados, o cheiro do pão com chouriço acabado de fazer, o odor fritado a chocolate e baunilha dos churros... Ficarias chocada, Miss DKNY, com esta associação de ideias em que me aconteces como a Rainha das Feiras, por excelência!... Mas os procedimentos da memória são, como muito provavelmente já tiveste ocasião de descobrir, um mecanismo tão ou mais complexo do que aquele que põe a roda gigante em marcha ou evita que as carruagens saiam disparadas na montanha russa, um engenho tão ou mais curioso do que o circuito eléctrico que acciona os carrinhos de choque ou evita que os cavalos saiam de órbita na vertigem do carrossel
.


Ficarias ainda mais chocada, Miss Thimberland da aparente displicência, do ensaiado ar negligé, se eu te dissesse que o coroar da cereja sobre o bolo me acontece observando um público ao rubro, num lugar privilegiado, rente às baínhas do palco, onde o cartão vip que trago pendurado ao pescoço me permite mover. Rubra cereja, aliás, esta com que o Príncipe do Nacional Cançonetismo me brinda a noite, não sei se no deslumbre do cartão vip que me denuncia os afazeres na vida, se por este loiro que me empresta um ar mais metropolitano... Sei que por entre um piscar de olho de tentada sensualidade, por cima do coro das vozes em uníssono que afinam pelo rubro de um público arrebatado até à alma, acerta em cheio na muge!... Fico eu a perguntar-me se por acaso não nos teremos cruzado com ele nos nossos tempos aúreos, porque parece cantar-nos a odisseia como se conhecesse o nosso guião tão bem como nós?!... Fico eu a pensar... interessante como, de repente, se percebe tão claramente o fenómeno da popularidade do Príncipe Pimba!... Ficarias chocada, eu sei, mas a cantiga assenta-nos como uma luva e acabo de decidir adoptá-la como último encore no reportório que ficou da nossa trilha sonora.


«CORAÇÃO PERDIDO
»


Sei que tens passado à minha porta
Tens-me procurado por aí
Mas hoje o que fazes não me importa
Quero até que penses que morri
Quando tu escolheste outro caminho
Tanto que eu chorei a implorar
Pra não me tirares do teu destino
Mas tu foste embora sem ligar

REFRÃO
Hoje estás com ele por mim a chorar
Coração perdido louco por voltar
Hoje estás com ele mas pensas em mim
Coração perdido tu quiseste assim


Tu trocaste tudo o que eu te dava
Pelo que julgavas ser melhor
Hoje vives numa linda casa
Que tem tudo mas não tem amor
Amor que procuras nos teus passos
Cada vez que ao meu encontro vens
Coisas que tu tinhas nos meus braços
E nos braços dele tu não tens

REFRÃO
Hoje estás com ele por mim a chorar
Coração perdido louco por voltar
Hoje estás com ele mas pensas em mim
Coração perdido tu quiseste assim

Eu agora peço-te por tudo
Que não me procures nunca mais
É melhor que fiques no teu mundo
Porque o meu desgosto já lá vai

REFRÃO
Hoje estás com ele por mim a chorar
Coração perdido louco por voltar
Hoje estás com ele mas pensas em mim
Coração perdido tu quiseste assim



«Coração Perdido» grande composição musical
do não menos Grande Tony, (o Carreira, claro está!)

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Sinhá Menina|1:35 da manhã|0 Enviar um comentário




   sexta-feira, agosto 20, 2004  

... O GRANDE TONY!
´

Pelas ruas de Viana, alguém repara num cartaz no vidro da Sede da Colectividade. É ele! O Grande Tony, o homem que se aventurou no mítico Coliseu dos Recreios...

«Mãe Querida, Mãe Querida
O melhor que a gente tem
Não há outro amor na vida
Igual ao amor de mãe
»

... o homem que ousou teimar em cantar no Pavilhão Atlântico e o encheu de um só fôlego, aquele a quem o público exigiu um segundo espectáculo igualmente lotado...

«Feliz de quem possa dizer
que tem ainda quem lhe deu o ser
Feliz de quem possa contar
com o seu regaço para se aconchegar
»

... o mesmo que leva os emigrantes corações ao rubro e já foi cabeça de cartaz no Olympia de Paris... o Grande Tony: vedeta dos corações românticos!...

«Em Agosto se Deus quiser
vou voltar a Portugal
ver o povo que lá deixei
ver minha terra Natal
tenho saudades muitas saudades
tenho um vazio dentro de mim
sou emigrante longe distante
porque o destino o traçou assim
»


Veio juntar-se às festas da cidade e nós acabámos de resolver que vamos querer vê-lo também, esta noite. Nunca nenhum de nós viu um espectáculo do herói e decidimos que a oportunidade é imperdível. Queremos confundir-nos à multidão que arrasta e experienciar de detro o fenómeno de popularidade do rapaz dos engomados colarinhos brancos. Alguém trauteia os versos universalmente conhecidos em Portugal e arredores:


« Vou deixar-te louca
Carinha Laroca, Carinha Laroca
Com água na boca
Carinha Laroca, Carinha Laroca
Vais-me dar em troca
Carinha Laroca, Carinha Laroca
Um beijo na boca»

Dois ou três telefonemas e o "manager" confessa que o artista quer ver o Benfica/Porto e não sobe ao palco antes do jogo acabar. Melhor assim: podemos jantar sem pressas.
Grande Tony! Grande noite! Grande festa!

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Sinhá Menina|4:13 da tarde|0 Enviar um comentário




   quarta-feira, agosto 18, 2004  

MÃOS EM CONCHA


Mãos em concha para te beber as gotas de orvalho que o sereno deixou na borda da manhã... Mãos em concha para te buscar... para te voltar num acordar ao longe... demasiado longe!... Mãos em concha na insanável saudade da Floresta que trago a correr nas veias... Mãos em concha, agora que desconheço o cheiro deste país em regresso imposto e onde sou apenas o negativo de mim mesma, pálido esboço de cinzas, esfumado contorno da vida que deixei suspensa ao Sul do Mundo.

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Sinhá Menina|5:30 da tarde|0 Enviar um comentário



 

MULHERES AO RELENTO

Pedem-me pois um breve texto, um pequeníssimo comentário à fotografia enviada, a mesma que se expõe agora no Grande Salão, com a notícia de que no passado fim de semana foram mais de 7 mil pessoas que a visitaram. E eu olho a imagem. Chamo-lhe «Mulheres ao Relento» e rabisco o que se me sugere...

Mia Couto contava algures a história do insólito sonho de um homem que adivinhava todas as mulheres do mundo a dormir ao relento, na noite da sua morte.
Prodigiosa imaginação a do escritor, ainda que partindo claramente de um costume da sua etnia de nascença que mandava toda a mulher deitar-se sob a lua na primeira noite da sua viuvez.
Suspeita, esta ideia de tanto mulherio dormindo em saudade!... Suspeita, digo eu que não tenho essa ânsia de glória, nem sonho com essa estima espelhada na homenagem das mulheres da minha vida perfiladas em linha.
Vêm-me à memória o leque das coisas tão recentemente vivenciadas e contempladas ao longo da estreita língua com que Moçambique lambe a costa oriental da Grande África… Engraçado, como os castelos que contruímos se arreigam às edificações da nossa cultura, ou não fosse já a metáfora dos castelos da areia uma emanação particular das poéticas que cada gente constrói à beira dos seus mares.
Colocando a morte na vasta constelação dos fins, haverá algo de profundamente lamentável quando a existência se mesura pelas pessoas que, ao longo do caminho, por nós dormiram ao relento.
Ainda assim há quem hesite entre o ideário de todas as mulheres do mundo numa noite ao luar, e a imagem de uma só mulher lembrando quem partiu, sob o céu, nas noites, toda uma vida… E este último é o mais cruel dos alentos que alguém pode ter. O relento de uma perda é uma passagem que, a seu tempo, todos visita. Se alguma lição o rito nos deixa é que uma noite deveria chegar. E se algum aviso dele brota é o de espalhar a notícia da inutilidade suprema: que nenhuma mulher me sonhe, pois, quando eu lhe morrer... porque nem uma das suas lágrimas me fará voltar.

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Sinhá Menina|4:05 da tarde|0 Enviar um comentário



 

«CIDADE»

Cidade, rumor e vaivém sem paz das ruas,
Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta,
Saber que existe o mar e as praias nuas,
Montanhas sem nome e planícies mais vastas
Que o mais vasto desejo,
E eu estou em ti fechada e apenas vejo
Os muros e as paredes, e não vejo
Nem o crescer do mar, nem o mudar das luas.
Saber que tomas em ti a minha vida
E que arrastas pela sombra das paredes
A minha alma que fora prometida
Às ondas brancas e às florestas verdes.



Sophia de Melo Breyner Andersen, Poesia I, 1944

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Sinhá Menina|3:41 da tarde|0 Enviar um comentário



 

BAR DE COPO SUJO



Gosto do som roufenho que enche o ar e enrola o lamento decadente da canção. Gosto do mau gosto puro e genuíno. Gosto das luzes que avermelham o ambiente e espalham sobre todos os sentires um travo duvidoso. Gosto de me sentar contigo no humilde lugar do povo. Gosto do excesso desalmado que contagia todas as coisas que tocamos em redor. Pedimos mais uma «Skol» gelada, «Loiríssima, como você, Menina!», tu dizes. Sim! Seja. Quero mais canções!! Quero. Chamas o dono do lugar e sussurras-lhe mais um pedido ao ouvido. Fazes-me a vontade. Mais uma, então!!... loira... gelada...canção!!...


Garçon, aqui nessa mesa de bar
Você já cansou de escutar
Centenas de casos de amor
Garçon, no bar todo mundo é igual
Meu caso é mais um, é banal
Mas presta atenção por favor
Saiba que o meu grande amor
Hoje vai se casar
Mandou uma carta pra me avisar
Deixou em pedaços o meu coração
E pra matar a tristeza, só mesa de bar
Quero tomar todas
Vou me embriagar
Se eu pegar no sono
Me deite no chão
Garçon, eu sei que eu tô enchendo o saco
Mas todo bebum fica chato
Valente e tem toda razão
Garçon, mas eu só quero chorar
Eu vou minha conta pagar
Por isso eu lhe peço atenção
Saiba que o meu grande amor
Hoje vai se casar
Mandou uma carta pra me avisar
Deixou em pedaços o meu coração
E pra matar a tristeza, só mesa de bar
Quero tomar todas
Vou me embriagar
Se eu pegar no sono
Me deite no chão
Saiba que o meu grande amor
Hoje vai se casar
Mandou uma carta pra me avisar
Deixou em pedaços o meu coração
E pra matar a tristeza, só mesa de bar
Quero tomar todas
Vou me embriagar
Se eu pegar no sono
Me deite no chão




É um tal Reginaldo Rossi que canta «Garçon»

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Sinhá Menina|5:52 da manhã|0 Enviar um comentário



 

«ÍNDIA»

Índia, teus cabelos nos ombros caídos
Negros como as noites que não têm luar
Teus lábios de rosa para mim sorrindo
E a doce meiguice desse teu olhar
Índia da pele morena
Tua boca pequena eu quero beijar
Índia, sangue tupi
Tens o cheiro da flor
Vem que eu quero te dar
Todo meu grande amor
Quando eu for embora para bem distante
E chegar a hora de dizer-te adeus
Fica nos meus braços só mais um instante

Deixa os meus lábios se unirem aos teus
Índia, levarei saudades
Da felicidade que você me deu
Índia, a tua imagem
Sempre comigo vai
Dentro do meu coração
Todo meu Paraguai

Todo meu Paraguai
Todo meu Paraguai...


letra e música de J. A. Flores e M. O. Guerrero
versão de José Fortuna na voz de Gal Costa


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Sinhá Menina|3:03 da manhã|0 Enviar um comentário




   sexta-feira, agosto 13, 2004  

O RESGATE


A ninguém se diz desta felicidade de caminhar nua do outro lado do mundo, depois das fronteiras... andar descalça... lavar os pés em terra pura... correr a fome no mel escorrido do abacaxi... acordar entre o rumor de pássaros sem nome... sentir o ranger da madeira no chão da casa... e saber de ti, Mulher comigo despida! Não há como falar de tanto a quem precisa sempre de tudo! Não há como dizer-lhes que temos uma casa fundeada à beira de um rio que canta, que me compraste um vestido estampado em fina chita e me deixas ter sede dentro de ti... Não há como contar-lhes de tanto porque precisam de tudo. Por isso limito-me simplesmente a este espreguiçar lânguido na boca da tarde que começa, e desço sem pressa... sem nenhuma pressa... a vereda de galhos e folhas macias que vai da casa ao rio... certa de que sempre te hei-de achar se seguir os trilhos da floresta.


Vejo-te ao fundo... o corpo manso ainda pintado de amor fresco... imóvel...quieta... perfeira estátua resguardada do sol sob a sombra que as árvores vertem na direcção das águas... E páro. E olho-te. Uma vez. E outra ainda... Sei que estás a tricotar estrelas de noites mais à frente, debaixo das pálpebras fechadas. Olho-te ali estendida... o teu corpo ondula agora numa dolência mais lenta que a que te serpenteou noite a dentro... Afasto um pouco os cabelos com as costas da mão para te ver ainda mais a descoberto... Deixo-me ao sabor desse olhar rendido a ti... Olho o teu corpo, força temporariamente apaziguada ao desassossego dos ímpios... o teu corpo que tem a mesma cadência que a corrente empresta ao passadiço flutuante de madeira... E então acontece-me esta vontade sem nome, este querer sem mesura, esta pulsão repentista. Mergulho para ti como nas noites de lua clara e trago-te minúsculos peixes de prata colhidos ao fundo. Junto-lhes pequeníssimas estrelas num reluz de cinco pontas, coloco tudo sobre o teu ventre e fico muito quieta ao teu lado, olhando-te mais ainda... até ao estremecer da pestana que te há-de acordar de frente para mim.

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Sinhá Menina|5:44 da manhã|0 Enviar um comentário




   terça-feira, agosto 10, 2004  

NOITES DE UM LUAR ASSIM


Noites de um luar assim!... De volta ao Mundo do Homem Branco, fico eu aninhada na varanda da colina, nessa magnifíca balustrada sobre a capital onde me acontece suprimir ao tempo e ao calendário... olho a madrugada derramada sobre a cidade dormente e sinto-me reencaminhar para os Dias de Selva. Inesquecível a experiência de navegar sobre as águas do Grande Rio Alado em noites de um luar assim!...

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Sinhá Menina|11:31 da tarde|0 Enviar um comentário




   segunda-feira, agosto 09, 2004  

MEU CORAÇÃO APRENDIZ

... E um dia fizeste-Te ouvir, ou fui eu que aprendi a decifrar-Te a voz de sopro com uma clareza renovada. Falaste-me por cima do Grande Oceano e eu soube que o chamado era Teu. Guiaste-me ao cimo do tempo e deixaste que viesse a Ti a cria gringa.

... Conduziste-me por brando e firme pulso ao meio da clareira e eu segui-Te como quem cumpre metade do labirínto. Chegada ao centro murmuraste-me: «Aqui é o Lugar. Olha e vê.» E deixaste-me de face apontada, aguardando a sagrada entrada das alegorias ancestrais que narram a vida. Fiquei eu de alma devorada e sentidos escancarados aos ensinamentos do Velho Feiticeiro das Tribos, de frente para a asa que voa sem atravessar, de frente para a correnteza que flui sem se sobrepor, de frente para as veredas que se percorrem sem se deixar pisar.


…E pelos olhos do Touro Bravo da Nuvem Azul soube que em liberdade a águia se fizera garça, tamanha a felicidade de Te amar sobre o vagar de um rio maior.

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Sinhá Menina|6:28 da manhã|0 Enviar um comentário



 

PAISAGEM VIVA EM MIM

Rendem-se as tintas à paisagem, como se rende o pincel ao artista e o artista ao cenário que diante de si se abre por paisagem. Linhas de força a atingir a alma na medula, empregnados traços a viver nas entranhas. Assim são as terras do País Ancestral onde o chão murmura intocáveis começos ainda quentes. Entendo (Céus, como eu entendo!...) mais do que nunca a embriaguez do artista extasiado diante da inescapável beleza da origem!!... Também eu sei de como é viver com esse fio de lava a acordar a memória... segundo a segundo... escorrendo os traços da Natureza grandiosa e os encantos da vida entre as gentes originárias. Também eu sei de como a alma nos fica para sempre pertença do lugar e de como, doravante, os dias se conduzem numa única e mesma obstinação: voltar-lhe!... regressar-lhe!... ser-lhe devolvido de uma vez e para todo o sempre!...

Assim sou eu, depois que me foi dado o privilégio de percorrer os Caminhos da Selva e viver sobre o Chão Primordial... um único pulsar: voltar para lá!...

Hoje, trago dentro as marcas de força da Terra Mãe Silvestre. Sou Cria Gringa a quem a Grande Nação Primeira estendeu o rumo, abriu o encantado abraço e adoptou. Pertenço aos filhos âmbar dos meridianos do sul e nunca mais nenhum outro país me pode suprimir à Tribo de onde vim porque tudo em mim lhe regressa em alma minuto após minuto.

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Sinhá Menina|5:19 da manhã|0 Enviar um comentário




   terça-feira, agosto 03, 2004  

ESTOU A FAZER EXPERIÊNCIAS



« Agora não há foto»
Posted por Ana da Selva



E então agora? Será desta que funciona ou ainda não???

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Sinhá Menina|3:25 da tarde|0 Enviar um comentário



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