
... O GRANDE TONY!
Pelas ruas de Viana, alguém repara num cartaz no vidro da Sede da Colectividade. É ele! O Grande Tony, o homem que se aventurou no mítico Coliseu dos Recreios...
«Mãe Querida, Mãe Querida
O melhor que a gente tem
Não há outro amor na vida
Igual ao amor de mãe »
... o homem que ousou teimar em cantar no Pavilhão Atlântico e o encheu de um só fôlego, aquele a quem o público exigiu um segundo espectáculo igualmente lotado...
«Feliz de quem possa dizer
que tem ainda quem lhe deu o ser
Feliz de quem possa contar
com o seu regaço para se aconchegar »
... o mesmo que leva os emigrantes corações ao rubro e já foi cabeça de cartaz no Olympia de Paris... o Grande Tony: vedeta dos corações românticos!...
«Em Agosto se Deus quiser
vou voltar a Portugal
ver o povo que lá deixei
ver minha terra Natal
tenho saudades muitas saudades
tenho um vazio dentro de mim
sou emigrante longe distante
porque o destino o traçou assim»
Veio juntar-se às festas da cidade e nós acabámos de resolver que vamos querer vê-lo também, esta noite. Nunca nenhum de nós viu um espectáculo do herói e decidimos que a oportunidade é imperdível. Queremos confundir-nos à multidão que arrasta e experienciar de detro o fenómeno de popularidade do rapaz dos engomados colarinhos brancos. Alguém trauteia os versos universalmente conhecidos em Portugal e arredores:
« Vou deixar-te louca
Carinha Laroca, Carinha Laroca
Com água na boca
Carinha Laroca, Carinha Laroca
Vais-me dar em troca
Carinha Laroca, Carinha Laroca
Um beijo na boca»
Dois ou três telefonemas e o "manager" confessa que o artista quer ver o Benfica/Porto e não sobe ao palco antes do jogo acabar. Melhor assim: podemos jantar sem pressas.
Grande Tony! Grande noite! Grande festa!
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