
MEU CORAÇÃO APRENDIZ
... E um dia fizeste-Te ouvir, ou fui eu que aprendi a decifrar-Te a voz de sopro com uma clareza renovada. Falaste-me por cima do Grande Oceano e eu soube que o chamado era Teu. Guiaste-me ao cimo do tempo e deixaste que viesse a Ti a cria gringa.

... Conduziste-me por brando e firme pulso ao meio da clareira e eu segui-Te como quem cumpre metade do labirínto. Chegada ao centro murmuraste-me: «Aqui é o Lugar. Olha e vê.» E deixaste-me de face apontada, aguardando a sagrada entrada das alegorias ancestrais que narram a vida. Fiquei eu de alma devorada e sentidos escancarados aos ensinamentos do Velho Feiticeiro das Tribos, de frente para a asa que voa sem atravessar, de frente para a correnteza que flui sem se sobrepor, de frente para as veredas que se percorrem sem se deixar pisar.

…E pelos olhos do Touro Bravo da Nuvem Azul soube que em liberdade a águia se fizera garça, tamanha a felicidade de Te amar sobre o vagar de um rio maior.
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