
PAISAGEM VIVA EM MIM

Rendem-se as tintas à paisagem, como se rende o pincel ao artista e o artista ao cenário que diante de si se abre por paisagem. Linhas de força a atingir a alma na medula, empregnados traços a viver nas entranhas. Assim são as terras do País Ancestral onde o chão murmura intocáveis começos ainda quentes. Entendo (Céus, como eu entendo!...) mais do que nunca a embriaguez do artista extasiado diante da inescapável beleza da origem!!... Também eu sei de como é viver com esse fio de lava a acordar a memória... segundo a segundo... escorrendo os traços da Natureza grandiosa e os encantos da vida entre as gentes originárias. Também eu sei de como a alma nos fica para sempre pertença do lugar e de como, doravante, os dias se conduzem numa única e mesma obstinação: voltar-lhe!... regressar-lhe!... ser-lhe devolvido de uma vez e para todo o sempre!...
Assim sou eu, depois que me foi dado o privilégio de percorrer os Caminhos da Selva e viver sobre o Chão Primordial... um único pulsar: voltar para lá!...
Hoje, trago dentro as marcas de força da Terra Mãe Silvestre. Sou Cria Gringa a quem a Grande Nação Primeira estendeu o rumo, abriu o encantado abraço e adoptou. Pertenço aos filhos âmbar dos meridianos do sul e nunca mais nenhum outro país me pode suprimir à Tribo de onde vim porque tudo em mim lhe regressa em alma minuto após minuto.
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