
AS MARCAS

Desculpa-me!... Perdoa-me ter guerras mais ao longe de que nunca te falei. Mas é que no corpo que se rasga a ti há marcas, sabes?! Fundas marcas invisíveis a olho nú. Há pinturas de guerra com que transfiguro o rosto em certos luares, no outro lado do mundo. E é absolutamente imprescindível a metamorfose. Mas ainda assim, é a linha dos teus ombros que passeio num segredo só meu, enquanto corro brados de guerra na ocidental Costa do Mundo. Porque na minha Tribo eu nasci guerreira e há um galope de onde não posso renegar-me. Perdoa-me. Desculpa-me a guerra e o pelejar. Mas eu volto a ti. Sempre volto a ti. Depois que limpar estas feridas da noite passada. Depois que voltar a ser só aquele corpo liso e limpo que conheces. Esse que eu te levo quando te visito e deponho à mercê das tuas mãos para ser só bom e belo.
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