
OBRAS GÉMEAS
Amo-te não porque vês o belo nos mesmos recantos que eu. Amo-te não porque te atrais no mesmo que eu. Amo-te porque não tens medo da estranheza e te atreves apesar do desconhecido. Amo-te porque não precisas de convocar diferenças e semelhanças para entender o que cabe dentro das palavras vistas. E então não fujo, nem me afasto: antes fico a ver-te vir-me buscar sem eu dar por isso. Antes fico a dizer-te na madrugada todas as coisas que amo em ti, evitando-nos ao equívoco imperdoável de achar que temos que falar de amor.
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