

Setembro. Chega ao fim a época das chuvas, no país das duas estações. Regressam as areias às margens. E eu sei que se precipita a hora em espera. O rio baixa o corpete das àguas até aos ombros e descobre as praias de areia virgem escondidas por meio ano. Sim, vejo que a volta do barco o aproxima enfim à terra. Vejo-o e percebo claramente no fundo fotografado esse incontornável sinal que facilmente poderia ser deixado escapar a olho nú: começaram a descobrir-se as mutáveis praias adormecidas sob o peso corpolento do Amazonas. Voltou o tempo do regresso das alagadas areias claras. Eu sei. Bem vejo. E sim, sei tudo o que significa na linguagem da Floresta. Sei, sim, do significado da volta das areias na nossa vida.
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